quinta-feira, 11 de abril de 2013

Poema: Zé do Gole



Ô, Zé, vem cá!
Sou muiê, e não seu aventá.

Pensa que eu num sei
Qui cê tá de oi na dondoca
Aquela magrela sem qui fazê
Muié feia das perna torna?

Quando nóis se casemo
E tu me jurou eterno amor
O que disse na igreja cheia
O tempo já apagou?

Ô, Zé, vem cá!
Qui vô acertá nossas conta
Hoje ocê toma jeito de home
Se não, num tem cumida pronta.

Ocê não me falô das cueca rajada
Isso eu té qui tolero
Mas vê ocê dia e noite
Ficano esse home amarelo
Socado no mei da bebida
Esse tipo de marido num quero.

Ô, Zé vem cá!
Qui vô resovê nossas vida
Ô ocê deixa esse mau custume
Ô eu acabo com sua vida.
                André Santos Silva