domingo, 10 de agosto de 2014

Poema: Pai



Quando Deus criou o mundo
Ele também se tornou pai
Encheu o peito de carinho
E quis sonhar muito mais.

Desejou ver uma geração
Repleta de amor
E estabeleceu a família
Para crescer com pudor
E deu a ela um cabeça
Para ser o condutor.

Tornou-o pai e o ensinou a amar
Permitiu uma nova descendência
E o dando um lar
Na luta diária, aos pouquinhos,
Mostrou-o com carinho
Como a família direcionar.

Não disse ao pai que seria fácil
E que desafio nunca teria
Mas o preparou com inteligência
Para sanar as agonias
E junto ainda o deu a fé
Como prova do que Deus é
E de Sua companhia.

Deus também deu ao homem
Uma responsabilidade imensa
Sendo pai por uma única vez
Não teria direito à licença
Pois, esse herói nunca tira férias
E todo o cansaço aguenta

Mesmo não sendo de aço
É convicto em seu rebolado
Sabe que precisa amar 
E que também deve ser amado
Na sutileza de seu dever de pai
Quando o peito lhe parecer que cai
Deve aplicar os seus cuidados.

Enfrenta chuva, sol e frio
E traz consigo a força da labuta  
Na guerra não se desorienta
Faz da fraqueza a força que o sustenta
E isso o dá a certeza
De que é para sempre e com beleza
A origem de sua descendência.
                             André Santos Silva



Comentários do autor


   Hoje quero apenas, parabenizar a todos os pais do mundo inteiro e dizer que feliz é o homem que tem um pai, ou que teve um, com qualidades descritas nessa literatura acima. Ao mesmo tempo, quero expressar por meio ainda, dessa literatura, uma homenagem, ao meu saudoso pai Antônio Sousa Silva, que se encontra ao lado do nosso Grandioso Deus, pelos seus ensinamentos fantásticos de valores e condutas morais. Dizer-lhe, por meio de nossa sintonia que será eterna, que a saudade é tanta, e que maior ainda é a lembrança de poder ter convivido consigo alguns anos de minha vida. Mesmo triste com a dor da saudade, sinto-me feliz, pelos momentos intensos de cumplicidade e de grande ele que serão eternos e inseparáveis. Obrigado, Deus! Afinal, posso dizer de todo o coração: eu tive um pai, o meu saudoso, Antônio Barbudo ou Antônio Tratorista, como era chamado.

Minhas lembranças

Sinto falta de você
Do seu cheiro,
Do seu ombro amigo,
Do seu conselho 
Para um bem infinito.

Sinto falta de você

Do seu carinho
Da sua mão amiga
A acariciar minha cabeça
E do cuidado gentil
Que sempre me dava a certeza
De que a vida vale a pena
E que deve ser transformada
Numa eterna surpresa.
                   André Santos Silva