quinta-feira, 16 de maio de 2013

Poema: Homenagem aos garis



Lá vai o gari pela cidade
com sua astúcia e malandragem
varre aqui, varre ali
deixa tudo limpo
e não para de rir.

Sua malandragem é arte de se esforçar,
canta o dia inteiro, enquanto limpa o lugar
cata uma lata, uma caixa, todo lixo que há.

Sua missão começa, antes de o dia raiar,
seja varrendo, ou colhendo o lixo,
o que importa é limpar.

Debaixo do sol, cumpre sua tarefa 
e sente prazer ao terminar,
observa a cidade e sente no peito
tamanha alegria que há
ao ver a cidade limpa e organizada:
que beleza de lugar!
                           André Santos Silva




Poema: Quanto custa?



Quem pode medir o amor, 
ou qualquer característica de zelo 
advinda de suas ramificações?

Quem pode calcular, em dinheiro,
o prazer de viver, de estar ao lado de quem ama,
de ter a vida quando muitos não a têm?

Se compreendêssemos, 
ou pudéssemos decifrar os mistérios
de afeto de um pai, 
o carinho aconchegante de uma mãe, 
o convívio da família,
um abraço gostoso de um irmão,
um beijo esperado da namorada, 
o valor da vida.

Que valor isso tem? 
Quanto em dinheiro, isso pode custar?

Talvez nenhum economista,
cientista, físico, químico, matemático, 
historiador, doutor, antropólogo,
ou qualquer outro ramo de estudo,
consiga encontrar uma forma,
fórmula, cálculo, um traquejo, nessa descoberta.

Porque nesses assuntos,
o professor é o coração.
                       André Santos Silva