quinta-feira, 20 de junho de 2013

Poema: Nossos pais




Na velha poltrona no canto da sala,
a mulher prepara o lugar pro marido
que chega do trabalho cansado,
afinal, é o seu amor, o seu querido.

A mulher em casa cansada
labuta o dia inteiro sem descansar
para no fim do dia, com sua companhia
na velha poltrona sentar,
conversar sobre o seu dia
e até mesmo namorar.

Arruma a casa, cuida dos filhos
põe flores em todo lugar
quer alegrar o ambiente, 
sem mesmo se preocupar
se estará cansada ao fim do dia
quando sua companhia 
pela porta entrar.

Ao chegar, ela já arrumada, o abraça
sem com o cheio se preocupar
abre a boca, dá um sorriso
e em seus braços quer estar.

Eles descansam 
depois de um pequeno diálogo,
em seguida o homem vai se banhar,
fica cheiroso igual a esposa
que curiosa quer certificar,
em seguida abre outro sorriso
e o convida pra jantar.

Lá pras tantas, depois de um descanso,
outra conversa não pode faltar,
os filhos brincam ali na sala 
e o casal a disfarçar,
o pai à francesa entra pro quarto
e a mãe a organizar
toda a bagunça na pia,
deixada do jantar.

Depois de tudo arrumado
a mãe vai se banhar
e satisfeita com o seu dia
no seu quarto quer estar.

Peço licença para interromper o poema
porque as cenas seguintes não posso contar.
Acredito que ela de tanto cansaço
vira de lado, dorme e começa a sonhar. 
                                      André Santos Silva