quinta-feira, 10 de abril de 2014

Poema: Peito de moça



O doce também é memória
De um tempo de criança
Em que se valorizavam os centavos
Que marcavam nossa infância
Pois a vida era sofrida
E não tínhamos abundância.

Um doce valia ouro
Naquela época se tornava festa
E quando conseguíamos um suspiro
Tudo virava alegria 
E na cabeça não tínhamos grilos.

Talvez nos dias de hoje
A criançada não o conheça
Suspiro, peito de moça
Era o que fazia nossa cabeça
E quando comíamos um, dois
Dávamos cabo às tristezas.
                            André Santos Silva


Comentários do autor

   Esse doce marcou um tempo, tornando-o mais leve, suave e valoroso. Época em que na inocência de criança, descobrimos o verdadeiro sentido da vida: ser feliz.