O doce também é memória
De um tempo de criança
Em que se valorizavam os centavos
Que marcavam nossa infância
Pois a vida era sofrida
E não tínhamos abundância.
Um doce valia ouro
Naquela época se tornava festa
E quando conseguíamos um suspiro
Tudo virava alegria
E na cabeça não tínhamos grilos.
Talvez nos dias de hoje
A criançada não o conheça
Suspiro, peito de moça
Era o que fazia nossa cabeça
E quando comíamos um, dois
Dávamos cabo às tristezas.
André Santos Silva
Comentários do autor
Esse doce marcou um tempo, tornando-o mais leve, suave e valoroso. Época em que na inocência de criança, descobrimos o verdadeiro sentido da vida: ser feliz.