Que saudade eu tenho
do tempo em que era criança!
Brincava, corria, pulava
e curtia minha infância.
Podia andar pelas ruas
e viver com exuberância.
Brincar de pau no litro, salva-vidas,
tunga, futebol: coisa mesmo de criança!
Sinto saudades dos encontros
que tínhamos toda noite ao luar
éramos crianças livres
e nos divertíamos pra danar.
Vivemos uma infância sem malícia
e soubemos aproveitar.
Podia correr livremente
tirar o chinelo, a camisa
gastar energia brincando, conversando...
isso é que era vida!
Saudades do tempo
que podíamos conversar
reuníamos na calçada,
simplesmente, para papear.
Os mais velhos contavam histórias
e podíamos contemplar
mesmo que sentíssemos medo
não saíamos do lugar.
Eram muitas reuniões
de uma juventude feliz e sadia
diferente da realidade chocante
desses jovens de hoje em dia.
Sinto saudades, até das reclamações
que tínhamos que aguentar,
pois, foi naquele humilde instante
que aprendemos a respeitar.
Hoje paro e penso: quanta saudade há!
Da infância feliz e sadia que pude aproveitar.
E o meu coração se alegra,
que chega a palpitar
em saber que um dia, quando criança,
vivi nesse lugar.
André Santos Silva