quarta-feira, 29 de maio de 2013

Poema: Tempo de criança

       

Que saudade eu tenho
do tempo em que era criança!
Brincava, corria, pulava
e curtia minha infância.

Podia andar pelas ruas
e viver com exuberância.
Brincar de pau no litro, salva-vidas,
tunga, futebol: coisa mesmo de criança!

Sinto saudades dos encontros 
que tínhamos toda noite ao luar
éramos crianças livres
e nos divertíamos pra danar.
Vivemos uma infância sem malícia
e soubemos aproveitar.

Podia correr livremente
tirar o chinelo, a camisa
gastar energia brincando, conversando...
isso é que era vida!

Saudades do tempo
que podíamos conversar
reuníamos na calçada,
simplesmente, para papear.

Os mais velhos contavam histórias
e podíamos contemplar
mesmo que sentíssemos medo
não saíamos do lugar.

Eram muitas reuniões
de uma juventude feliz e sadia
diferente da realidade chocante
desses jovens de hoje em dia.

Sinto saudades, até das reclamações
que tínhamos que aguentar, 
pois, foi naquele humilde instante
que aprendemos a respeitar.

Hoje paro e penso: quanta saudade há!
Da infância feliz e sadia que pude aproveitar.
E o meu coração se alegra, 
que chega a palpitar
em saber que um dia, quando criança,
vivi nesse lugar.
                  André Santos Silva