sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Poema: Trigêmeas



As três irmãs saíram de casa
Foram pruma festa bem bacana
A primeira se chama Rita,
A segunda Gioconda,
A terceira e mais tirada
É conhecida como Ana.

Ana ou Anadete
Tem o gênio muito forte
Gioconda é a mais calma,
também é firme e dócil
Já Rita, a assustada, tem medo 
De ficar mal falada.

Nasceram no mesmo dia
Foram criadas pelos mesmos pais
Tiveram o mesmo carinho
E como os dedos, não são iguais
Elas também se diferenciam 
Em tudo que fazem em seu dia a dia.

Ana é apressada
Gioconda é mais ainda
E Rita, a assustada, se apressa
Por ter medo de briga.

Gêmeas idênticas
De gosto um pouco parecido
Quando se arrumam, abalam
E se esquecem dos perigos.

Ana quando sai, logo se solta
Rita, se chateia e envergonhada 
Pede para vir embora
Gioconda depois de umas duas
Não enxerga nada a sua volta
E não escuta os pedidos
Das irmãs que se apavoram.

A festa se acaba
E para casa, as três voltam caladas
Mas tudo há de ficar bem e a vida arranjada
E mal amanhece o dia, elas já estão arrumadas
Afinal, vida de irmão é mesmo assim
E se são gêmeos, meu Deus!
A confusão é dobrada.
                     André Santos Silva


Comentários do autor

   O poema trigêmeas traz aos leitores a simples reflexão da composição familiar. Somos membros de uma mesma família, recebemos o mesmo tratamento, no entanto, apresentamos características singulares, existentes em cada indivíduo.
   Essas diferenças são notadas diariamente por meio do temperamento, personalidade, escolhas, valores morais e outros aspectos perceptíveis...