As três irmãs saíram de casa
Foram pruma festa bem bacana
A primeira se chama Rita,
A segunda Gioconda,
A terceira e mais tirada
É conhecida como Ana.
Ana ou Anadete
Tem o gênio muito forte
Gioconda é a mais calma,
também é firme e dócil
Já Rita, a assustada, tem medo
De ficar mal falada.
Nasceram no mesmo dia
Foram criadas pelos mesmos pais
Tiveram o mesmo carinho
E como os dedos, não são iguais
Elas também se diferenciam
Em tudo que fazem em seu dia a dia.
Ana é apressada
Gioconda é mais ainda
E Rita, a assustada, se apressa
Por ter medo de briga.
Gêmeas idênticas
De gosto um pouco parecido
Quando se arrumam, abalam
E se esquecem dos perigos.
Ana quando sai, logo se solta
Rita, se chateia e envergonhada
Pede para vir embora
Gioconda depois de umas duas
Não enxerga nada a sua volta
E não escuta os pedidos
Das irmãs que se apavoram.
A festa se acaba
E para casa, as três voltam caladas
Mas tudo há de ficar bem e a vida arranjada
E mal amanhece o dia, elas já estão arrumadas
Afinal, vida de irmão é mesmo assim
E se são gêmeos, meu Deus!
A confusão é dobrada.
André Santos Silva
Comentários do autor
O poema trigêmeas traz aos leitores a simples reflexão da composição familiar. Somos membros de uma mesma família, recebemos o mesmo tratamento, no entanto, apresentamos características singulares, existentes em cada indivíduo.
Essas diferenças são notadas diariamente por meio do temperamento, personalidade, escolhas, valores morais e outros aspectos perceptíveis...
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