sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Poema: Esperança no Sertão




Olhando pra essa terra seca
Fico tantas horas a pensar
No mato verde que aqui existia
E hoje não vejo se quer despontar
Um broto que anuncie a vida
E que mude a paisagem desse lugar.

A terra infinita, que agora, treme
Com a luz do sol ao meio dia
Reflete a tristeza no torrão seco
Que não traz à vida nenhuma valia
Reforça, apenas, a dor do sertanejo
Que perde aos poucos sua alegria.

O homem então clama a Deus
E com uma pedra na cabeça faz sua oração
Pede confiante por uma grande bênção
Que revigore ligeiro sua plantação
E Deus que não é um ser de brincadeira
Faz cair na terra um grande chuvão.

Lá se vai o homem feito criança
Com seu sorriso estampado na face e no coração
Ele corre por entre os pingos de chuva que caem
E devolvem, de novo, vida abundante à plantação
Agora cheio de fé e agradecido 
Vê despontar da terra, o broto amigo, que enaltece  a criação.

E a vida assim sempre floresce
Com ela também surge o despertar
O homem, caso seja consciente
Sua natureza há de mudar
Lançará na terra nova semente
Para plantar, colher e partilhar.
                           André Santos Silva



Comentários do autor

   Mediante essa crise que nos assola, referente à falta d'água, é importante que o homem tome medidas cabíveis, contribuindo assim, para que ações sejam desenvolvidas e, que as mesmas consigam atender todo o Brasil, ou talvez quem saiba, o mundo.
   Seja você também um ser humano consciente e que cada um de nós tenha aguçado o espírito da solidariedade humana. Afinal, temos as mesmas necessidade básicas: sede, fome e sono.