As coisas da vida deveriam ter sabor.
Doce, quando fosse sofrimento:
para entendermos que
o que degustamos de amargo,
futuramente, terá um sabor especial.
Azedo, quando fosse um risco:
para compreendermos o momento certo
de dar pausa à vida e recomeçar,
mesmo que para isso
fizéssemos caras e bocas; caretas.
Salgado, quando simbolizasse equilíbrio:
para termos a certeza de que
o sal sustenta o homem, dá força e revigora.
Ele é o sabor da terra.
Penso também, que as coisas da vida
deveriam ter cores.
E se pudesse escolher,
todas as cores: para entendermos que
o homem nasceu para brilhar
e que mesmo na escuridão do céu iluminado
as cores se fazem presentes
no brilho das estrelas.
André Santos Silva