terça-feira, 3 de setembro de 2013

Poema: Saudades



Hoje tô com saudades
do beijo que não dei,
do abraço que não senti
e dos olhares que não vi.

Hoje tô com saudades 
do beijo,
da cumplicidade,
da discussão,
da responsabilidade,
da afinidade.

E não é só isso!
Tô com saudades
de comer um petisco, 
de correr risco,
de ser atrevido e 
enfrentar o perigo.

Tenho saudades,
do seu cheiro que vai além,
mas que fica também,
toda vez que me quer bem.

Hoje não tenho saudades
por sentir saudade,
mas tenho saudade
da sua voz,
do bem que ela faz a nós,
das palavras bonitas,
das frases não ditas,
do silêncio 
e das horas bem vividas.

Hoje tenho saudades até,
da sua encheção de saco,
do seu xingar, feito carrapato
que gruda em meu peito
e me faz ficar bravo.

Num instante me despertei
percebi que dúvidas terei
e se isso é saudade, não sei!
Só penso que ela está cá dentro
roendo o peito,
tal qual saudade 
que pega de jeito.

Hoje, tô com saudades 
de você.
              André Santos Silva 

Comentários do autor

   O poema saudades foi composto sob a ótica da importância das pessoas em nossa vida. Seja em qualquer relação, de amizade, afetividade, sempre o que está em jogo é o coração. 
   Para o apaixonado (a) o que está em jogo é o coração, a emoção, a sensação e a companhia do bem amado. A relação de cumplicidade e a junção de sonhos que podem durar por toda uma vida. Surge a duplicidade unicelular dos amantes.   
 No caso do (a) amigo (a), quando é sincero o sentimento de amizade, há uma mistura de amizade com irmandade. O coração fala a linguagem da razão e da boa relação. Ganha-se uma grande companhia para os diversos momentos da vida.
   A pessoa ainda é a melhor companhia!