terça-feira, 11 de junho de 2013

O diálogo faz bem à família

                                        CRÔNICA:
Professor, na rua, meu pai é legal 
com todo mundo. Já, em casa... 


   Há algum tempo, fui surpreendido por um(a) aluno(a) que confidencialmente me disse: “Professor, acho que meu pai não gosta de mim”. Meio sem jeito, eu indaguei, quis ir fundo na conversa e busquei mais informações a respeito do fato. 
   Então, um grilo começou a cantar em minha cabeça: será que o diálogo não mais existe em meio às famílias? Ou então, só se conversa em casa quando se tem um mandado a fazer, uma bronca a dar, uma exigência e coisa e tal?
Mais uma vez, numa outra conversa, um novo depoimento me chocou: “Professor, em casa, meu pai e eu somos dois estranhos. Não sei o que é um carinho, muito menos o que é amor de pai. Ele é legal com todo mundo na rua. Menos com nós em casa!” Fiquei sem resposta. Apenas disse que talvez o pai estivesse com problemas, diante das responsabilidades que tem diariamente. Será que é isso mesmo, ou estou enganado?
   É certo, que o pai, ainda, é a figura que mais vive, externamente, a sua casa. Isso se dá por conta da carga horária de trabalho, em prol do sustento da família, ficando assim, o papel de dialogar, por parte da mãe, que pode ser considerada a governanta do lar. No entanto, convém lembrar, que com o desenvolvimento das indústrias no Brasil, há tempos, as mulheres passaram a exercer um papel de grande importância no seio da sociedade, conquistando assim, o seu espaço. A mulher-mãe também é “peão” que lida com uma função e também garante o sustento de casa.


   Assim, o que já era função da família, − a educação familiar − passa a vigorar, onde pai e mãe dividem a tão importante missão de orientar, aconselhar e dialogar com os filhos. Pai e mãe vivem externamente, em suas funções de trabalho e ambos governam a casa, preparando os filhos para a vida.
   Convém lembrar, que nem sempre é assim. Existem em meio às famílias, pais que não permitem que as mulheres trabalhem e que vivem acreditando que a sua principal missão, no seio da família, é organizar o lar, no que diz respeito às necessidades materiais. E por sua vez, os filhos sofrem, por falta de atenção e carinho, o que leva a acreditar que muitas vezes são rejeitados pelos pais. 
   É claro, que o material é importante! E o emocional? Que recordações  um  filho  terá  do pai ou da mãe, se os mesmos não dialogam, orientam, não fazem um carinho, mesmo que seja por poucos minutos, depois que chegam do trabalho? 
   As boas lembranças são marcas importantes para a felicidade de uma criança, que daqui a pouco, se tornará um adulto. Se todos lutamos para conseguirmos o material e queremos deixar isso de lição para os nossos filhos, enquanto  exemplo  de  vida,  pensem   na   marca   profunda que deixaremos no coração dos mesmos, simplesmente, por termos dedicado um tempo, estando ali perto deles, expressando o quanto os amamos e sentindo o quanto somos amados.


   Dessa forma, sentiremos os nossos corações baterem numa mesma sincronia e, futuramente, não teremos um jovem problemático. Isso, porque amamos e fomos amados dentro do nosso recinto familiar. 
                                                              André Santos Silva 

A importância da família na escola


   A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.
   Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor. 
  O ideal é que  família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
   Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e dos seus alunos. Alguns critérios devem ser considerados como prioridade para ambas as partes. Como sugestões seguem abaixo alguns deles: 

 Família 


• Selecionar a escola baseado em critérios que lhe garantam a confiança da forma como a escola procede diante de situações importantes;
• Dialogar com o filho o conteúdo que está vivenciando na escola;
• Cumprir as regras estabelecidas pela escola de forma consciente e espontânea;
• Deixar o filho a resolver por si só determinados problemas que venham a surgir no ambiente escolar, em especial na questão de socialização;
• Valorizar o contato com a escola, principalmente nas reuniões e entrega de resultados, podendo se informar das atividades apresentadas pelo seu filho, bem como se desempenho. 
                  
Escola 


• Cumprir a proposta pedagógica apresentada para os pais, sendo coerente nos procedimentos e atitudes do dia-a-dia;
• Propiciar ao aluno liberdade para manifestar-se na comunidade escolar, de forma que seja considerado como elemento principal do processo educativo;
• Receber os pais com prazer, marcando reuniões periódicas, esclarecendo o desempenho do aluno e principalmente exercendo o papel de orientadora mediante as possíveis situações que possam vir a necessitar de ajuda;
• Abrir as portas da escola para os pais, fazendo com que eles se sintam à vontade para participar de atividades culturais, esportivas, entre outras que a escola oferecer, aproximando o contato entre família-escola;
• É de extrema importância que a escola mantenha professores e recursos atualizados, propiciando uma boa administração de forma que ofereça um ensino de qualidade para seus alunos.  A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano.

Por Elen Campos Caiado - Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola