domingo, 11 de janeiro de 2015

Poema: Na calada da noite



Na calada da noite, ponho-me a observar
E vejo quão grande silêncio, começa a se levantar
As pessoas desaparecem, possivelmente, para descansar
A escuridão se envaidece e pensa, então, que pode reinar.

Ouve-se um barulho daqui, outro grunhido acolá
Nada que interrompa o silêncio, mas que é capaz de assustar
Já o sujeito olha pros lados e procura algo para se agarrar
E se, de repente, um vento sopra, haja estrada pra desbravar.

O silêncio pode ser remédio, isso depende do lugar
Mas quando o papo começa a ficar sério e o suspense a incomodar
O sujeito pode ser muito corajoso, mas sente calafrio de arrepiar
E não vê a hora da luz do dia, começar a se despontar.

Mas é pela noite que os poetas saem,
Deixam suas ideias livres e bem soltas
Querem esquecer do mundo sagaz
Que faz a vida correr desregrada e louca.
                                      André Santos Silva


Comentários do autor

   Quem nunca passou por algum apuro na calada da noite "que atire a primeira pedra". Tudo bem! Talvez tenha sentido apenas medo, por conta do silêncio que paira, e por ser tão sem acontecimento, nos causa medo insegurança e, às vezes, pavor.
   É importante que cada um se organize para que não corra os perigos que a noite pode oferecer.
   Que o silêncio que procuramos, nos traga paz!