sexta-feira, 9 de maio de 2014

Poema: De que substância é a mãe?



Sabe o que vou dizer
Quem tem família 
Quero que o vento leve
E que o boato comece a correr
Tomara mesmo que se espalhe
E que muitos ouçam para crer.

Veja bem que guerreira temos
Dentro de casa, nosso lar
Uma figura feminina
Que a força não se pode explicar
Parece que é "imorrível"
Na arte de se doar
De onde vem essa gana?
Sei lá!
Seu corpo é de aço?
Não sei explicar!

Mal amanhece o dia
E ela em seu labutar
Prepara a mesa, deixa tudo proto
Com o seu amor a cuidar
É mesmo uma guerreira
Dessas que... palavras não há.

É impressionante sua luta!
Seus gestos nobres e bonitos
Se o filho é pequeno
Seu amor é infinito
Mas quando o moleque cresce
O sentimento no peito vira grito
E se pudesse, cuidava dele
Muito além do que é previsto.

Ela deveria ser eterna
E penso que aguentaria
Pois é mulher que não para
Nenhum segundo por dia
E se pudesse viveria de novo
Toda a dor e nostalgia
Só pra ver brotar do rosto
Um sorriso de sua cria.
                 André Santos Silva


Comentários do autor

   Parabenizo as mães, em especial, a minha que no despertar da aurora, enche o peito de força e se joga de cabeça erguida à vida, simplesmente por amor.
   Esse poema tem como foco mostrar em sua essência a força da figura feminina que quando toma em suas mãos a decisão de ser mãe, assume um compromisso eterno. Escolha infinita, firmada por um universo de renúncias e de constante zelo.
   Vejo através da minha mãe a imagem impressionante da vocação e da doação, momento em que rasga a vida própria e gera uma outra vida, que também se torna a própria vida, afinal, mãe e filhos são eternos.