sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Poema: Povo solidário



O Brasil é meio contraditório
Por ser um país onde há
Muita corrupção,
Pouca saúde
E muito ladrão
Existe ainda muita gente
De grande 
E bom coração

Gente que ajuda 
Quando a fome assola
Quando a enchente alastra
E a paz vai embora

Gente que divide
O pão de uma semana
Que oferece ajuda
Num gesto bacana

Gente que abre a casa
A pessoas estranhas
Que reacende esperança
E que não engana

Gente de um gesto nobre
Que tem prazer em ajudar
Que se priva do que tem
Simplesmente por enxergar
Que a necessidade da circunstância
Não pode assolar
Por isso estende a mão
E sem pestanejar

Nesse Brasil contraditório
Onde há gente que destrói
Existe peito que pulsa
Que sente a dor que dói

Que dói na alma,
Na ausência de calma,
Na presença de tristeza 
Que aflige a alegria
E gera menos nobreza

Brasil de tanta gente
De um povo solidário
Que consegue ver além
Daquilo que é necessário
                   André Santos Silva



Comentários do autor


   Em meio a uma sociedade consumista e que é marcada, muitas vezes, por fatos bizarros que abalam as suas estruturas, ainda somos envolvidos por simples gestos humanos que acalentam o nosso coração.
   Vemos constantemente em noticiários a ação de muitas pessoas que não respeitam a vida. No entanto, quando o país passa por alguma dificuldade que assola os direitos humanos, como assistimos a essas tragédias causadas pelas chuvas, sentimos o quanto o povo é solidário. O coração das pessoas se abre e de alguma forma elas colaboram tentando transformar a realidade caótica.
   Isso é magnífico! É humano! É divino!