segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Projeto realizado com a turma do 5º ano - A Cultura Junina

São João: Festa Cultural de muita animação


   Na época da colonização do Brasil, após o ano de 1500, os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.
   Mas o surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração à grande fertilidade da terra, às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João.
   Essas festas eram conhecidas como Joaninas e receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, gostava de batizar as pessoas, purificando-as para a vinda de Jesus.
   Assim, passou a ser uma comemoração da igreja católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
   Os negros e os índios que viviam no Brasil não tiveram dificuldade em se adaptar às festas juninas, pois são muito parecidas com as de suas culturas.
   Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território do Brasil, mas foi no nordeste que se enraizou, tornando-se forte na nossa cultura. Nessa região, as comemorações são bem acirradas – duram um mês, e são realizados vários concursos para eleger os melhores grupos que dançam a quadrilha. Além disso, proporcionam uma grande movimentação de turistas em seus Estados, aumentando as rendas da região.
   Com o passar dos anos, as festas juninas ganharam outros símbolos característicos. Como é realizada num mês mais frio, enormes fogueiras passaram a ser acesas para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, o casamento na roça, entre outros, com o intuito de animar ainda mais a festividade.As comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, milho cozido, canjica, dentre outros. 
   Por Jussara de Barros - Graduada em Pedagogia - Equipe Brasil Escola

Quadrilha, pau de sebo e Santos são símbolos juninos


   As festas juninas vieram para o Brasil na época da colonização, trazidas pelos portugueses. São de origem francesa, por isso nas danças aparecem várias palavras nessa língua.
   Nos arraiais juninos podemos encontrar vários elementos da cultura popular, que traduzem a crendice da população de cada região. Cada um desses símbolos tem um significado para a festa.


   A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa, recebendo o nome de “quadrille”, mas é de origem inglesa, uma dança de camponeses chamada “campesine”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses trouxeram essa dança, bem como seus principais elementos: os vestidos lindos e rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pelas boas safras nas plantações.



   O casamento caipira faz uma sátira aos casamentos tradicionais. A noiva está grávida e o pai da mesma obriga o rapaz a se casar. A apresentação do casamento na roça é muito engraçada, pois o noivo aparece bêbado, tentando fugir do altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da noiva que lhe aponta uma espingarda. Este conta com o apoio do delegado da cidade e do padre para que o casamento seja realizado. Após a cerimônia, os noivos puxam a quadrilha.


   A fogueira simboliza a proteção dos maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu redor. Cada santo tem uma fogueira, sendo a quadrada de santo Antonio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro.


   Os balões juninos indicam o início da festa, mas foram criados para reverenciar os santos da festa, agradecendo pela realização dos pedidos, normalmente relacionados ao namoro e ao casamento, onde as pessoas encontram seus pares românticos. Os balões não são mais usados, podem ocasionar vários incêndios, caindo em locais perigosos e destruindo a natureza.


   Os fogos se originaram na China, também como forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São elementos de proteção, pois espantam os maus espíritos, além de servir para acordar São João com o barulho.
   
   A lavagem dos santos é o momento em que as suas bandeiras são mergulhadas em água, para trazer purificação. 


   As bandeirolas representam as bandeiras dos santos, levando purificação a todo o local da festa.


   O pau de sebo é uma brincadeira com o objetivo de se ganhar uma quantia em dinheiro, que está afixada em seu topo. Com essa diversão a festa fica mais animada, pois as pessoas têm que subir no mastro, lambuzado de gordura. Muitas vezes, os participantes vão subindo nos ombros uns dos outros, até conseguirem pegar o prêmio, que acaba servindo para pagar parte de suas despesas na festa.


   As simpatias proporcionam aos convidados maior sorte no amor. Os santos juninos são conhecidos como santos casamenteiros, mas santo Antônio é o mais influente deles. Nessas práticas, a imagem do santo é castigada, até que a pessoa consiga encontrar um amor.


   As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho, a festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes como: curau, canjica, pamonha, bolo de milho, milho cozido, pé de moleque, paçoquinha, Mané pelado, dentre outras.
   Por Jussara de Barros -Graduada em Pedagogia - Equipe Brasil Escola

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, é assunto na turma do 5º ano


   Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa. Nasceu na cidade de Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós.
   Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro. Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona. Deu baixa em 1939 e foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova.
   Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro. 
   Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, solou uma música sua, "Vira e mexe", e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos, como sanfoneiro, para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941.


   Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio Tamoio, e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona. Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino e começou a parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e mexe", transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa época, recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.


   Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e dançarina Odaléia. E, em 1948, casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.


   Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida" (1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Suas músicas começaram a ser regravadas pelos jovens cantores: Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Caetano Veloso, que o citavam como uma das influências. Durante os anos 70, fez shows no Teatro Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro.


   Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com "A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão. 


   Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. 


   Luiz Gonzaga morreu em Recife (PE), em 2 de agosto de 1989. 
   Fonte:http://educacao.uol.com.br/biografias/luiz-gonzaga.jhtm

Asa Branca, Música de Luiz Gonzaga,
 reflete realidade da seca nos dias atuais,
 na Região Nordeste e em parte do Brasil


Quando olhei a terra ardendo   
Qua fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca                 
Bateu asas do sertão                                       
"Intonce" eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas 
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração.


   Refletir sobre a realidade em que o país vive é uma atitude que deve ser constante. Enquanto cidadãos conscientes, devemos estar atentos aos fatos e, de alguma forma, mudar os nossos hábitos, para que contribuamos com a permanência e a qualidade de vida na terra.


   São inúmeras as ações que podemos adotar durante o nosso dia a dia. O país vivenciou, recentemente, uma grande seca, onde metade, ou mais da metade das cidades da Bahia e Região Nordeste tiveram que enfrentar o caos dos dias ensolarados. 




   O preço dos alimentos subiu, o tomate virou o vilão dos preços altos, o feijão ainda em alta. Enquanto isso, jogamos comida fora e não partilhamos com quem necessita. 
   A música Asa Branca reflete essa realidade do homem que sofre por falta de trabalho, água, alimento e uma seca extensa que se alastra aos poucos pelo território brasileiro. 
A terra arde em calor, o homem sofre com o desespero e o fato de não poder se alimentar direito, devido à alta dos preços dos alimentos e tudo que julgamos essencial à vida humana. 
   E o que fazer a partir disso? A terra não produz mais como antigamente; o homem não se preocupa com a manutenção da vida na terra; o capitalismo se tornou disputa selvagem e a vida vale menos que um quilo de tomate. Dessa forma onde iremos chegar? E essa seca? Há alguns investimentos para sanar essa triste realidade? Será que teremos o privilégio de ver o verde dos nossos “oio” se espalhar pela “prantação”? Ou desistiremos de voltar pro nosso sertão?
   Cabe ao homem refletir sobre seus atos, prestar atenção ao meio em que está inserido, mudar atitudes e velhos hábitos. Assim teremos uma terra mais facilmente habitável, pois os sinais de caos são presentes e a natureza responde, conforme, é estimulada.
                                               André Santos Silva

A origem do forró


   O termo “forró”, segundo o folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo, estudioso de manifestações culturais populares, vem da palavra “forrobodó”, de origem bantu (Tronco linguístico africano, que influenciou o idioma brasileiro, sendo base cultural de identidade no Brasil escravista), que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem.


   A versão mais verossímil, apoiada pelo próprio historiador Câmara Cascudo, é a de que Forró é derivado do termo africano forrobodó e era uma festa que foi transformada em gênero musical, tal seu fascínio sobre as pessoas.
   Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é frequente associar a origem da palavra “forró” à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja, for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado “forró” pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco  por  Natal   do   período   da   Segunda   Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.
   Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo, pois em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base, a palavra “forró” já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém.
   No idioma húngaro, Forró significa “Quente”. Não se tem variação da palavra no idioma húngaro, o termo Forró é igualmente escrito (com acento) como no português.
   Antes disso, em 1912, Chiquinha Gonzaga compôs Forrobodó, que ela classificou como uma peça burlesca e que lhe valeu, algum tempo depois, em 1915, o Prêmio Mambembe, sendo Mambembe também de origem banto, significando medíocre, de má qualidade.

Histórico



   Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por “forrobodó” ou “forrobodança” (nomes dos quais deriva “forró”) já em fins do século XIX.
   O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou “Forró de Mané Vito”, de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, “Forró no escuro”. No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
   Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, “casas de forró”. Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram.
   Depois de um período de desinteresse na década de 1980, o forró ganhou novo fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró.

Gêneros musicais


   O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco. Outros estilos de forró são: o forró universitário, uma revisitação do forró tradicional (conhecido como forró pé-de-serra) e o forró eletrônico ou estilizado (que, para alguns, não é considerado forró).
  Fonte:http://paduacampos.com.br/2012/2012/05/25/origem-do-forro/

Projeto Junino termina em show de forró


   Trabalhar a cultura é sempre importante para manter as tradições vivas. Isso enriquece as pessoas e torna a vida mais emotiva e cheia de alegria. Após um período trabalhando com o Projeto Junino, os professores da Escola Nelson José de Oliveira, abriram mão dos livros, textos, giz, exercícios e fizeram uma bagunça total. 
   E o melhor disso tudo é que os alunos caíram na dança e encerraram o I Semestre do ano 2013 com um show de forró organizado pelos professores André Santos Silva e Jonas Silva Cruz.



   Durante essa etapa de preparação, os alunos do 5º ano, estudaram a biografia do grande Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e conheceram um pouco de sua história nessa jornada incrível do planeta forró. 
   Foram estudadas composições do cantor mencionado e para fechar o projeto, o professor André abrilhantou a festa realizando com a participação do tecladista Déo e o professor Jonas, um show de forró no pátio da escola, entoando canções compostas por Luiz Gonzaga.
   Depois do show, os alunos degustaram diversas comidas típicas da ocasião junina.
      André Santos Silva

Fotos do evento