Poema: A lágrima

Quando a lágrima do rosto cai

Nela se esconde um sentimento

Um segredo interno de emoção

Expresso por um marcante momento.

Nela, talvez, esteja a dor

Ou um emaranhado de alegria

A lágrima quando escorre do rosto

Nem sempre diz tudo  o que queria.

Mas se a lágrima do rosto não cair
No peito explode outra emoção
O sufoco lá incomoda, faz morada
E aquebranta o sofrido coração.

O choro, às vezes, faz bem 
E mal também, às vezes, pode fazer
Mas, se sincero for, ele revigora
E um grande alívio pode trazer. 
                                 André Santos Silva

Comentários do autor

     Por diversos motivos, surgem as lágrimas. Algumas vezes, elas aliviam o peito e deixam o sujeito mais tranquilo mediante as situações da vida. 

      Outras vezes, diante do caos que nos assola, chorar limpa a alma que durante um período de sufoco se sentiu pequena e frágil. Chorar faz bem. Mas se o choro perdurar, é hora de ligar o sistema consciente de alerta, pois alguma coisa no organismo não se encontra bem.

Poema: Coração de criança

Gente adulta deve ser pura como criança
Pra voltar a sorrir
Sonhar como na infância
E, as vezes, também se iludir.

Andar e sem pensar
Correr atrás do bicho cachorro
Cair e se levantar
Chorar e engolir o choro.

Encarar a vida
Com as fantasias que ela tem
Passar, levemente, pelos sofrimentos
E não sofrer aos detém.

Cuidar da vida 
Como gente que enxerga o futuro
Arriscar nas descobertas 
Que estão além dos muros.

Gente adulta deveria ter
Um coração puro como criança
Crescer, estudar e se formar
E não se esquecer da tal infância.
                                  André Santos Silva

Comentários do autor

     Viver é uma arte sensacional. No entanto, exige de cada indivíduo algumas artimanhas para que se viva a cada dia uma nova conquista. Uma das maneiras que nos ajudam a vivermos bem é termos sempre um coração puro, tal qual o de uma criança, para que ao enfrentarmos os obstáculos possamos vencer os vales sem perdermos o brilho e a inocência de sermos um grande ser humano.