terça-feira, 9 de abril de 2013

Poema: Descrição de um dia de chuva

Quando começa a chover:
Alegria,
comemoração,
satisfação,
café com leite,
pão com manteiga
e se tiver: requeijão.
Êta, friozinho bão!


Quando continua a chover:
Blusa de frio,
cobertor quentinho,
um bom programa de televisão.
O filho e o cachorro 
entram em casa com os pés sujos
e começa a inquietação...
A mãe desliga a televisão,
fala uns três palavrão,
levanta do sofá
e pega o pano de chão,
olha pros dois atravessado
e começa a limpar o chão.
Depois guarda balde, rodo, pano,
e de novo, liga a televisão,
deita no sofá e solta uns ronco 
igual a barulho de caminhão.

O filho quer sair,

mas tem medo da situação,
tenta sair a francesa,
pra não levar um safanão.
E o cachorro ainda late
e piora a situação.
A mãe ao acordar
jura de pé firme: "eu num tava dormino não!
Onde você pensa que vai, nesse baita chuvão"?
E o filho se contenta 
com a tal programação.
SENTA NO SOFÁ  
com uma raiva que não passa não.
E escuta a mãe roncar,
mas tem que jurar que é ilusão.

Quando a chuva demora mais dias:

Chuva é muito boa,
mas tá na hora de parar
já tenho muitas roupas sujas
e poucas pra usar.
Se chover por mais uns dias,
não vou aguentar.
A casa está imunda
e limpa não vai ficar.
Pra falar a verdade eu não vejo a hora
do sol voltar a bilhar.

De repente o sol aparece,

a vida segue.
Quando começa a fazer sol...
                          André Santos Silva



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