A vida da gente
Às vezes é assim
Um barco pequeno
E um mar imenso
Que parece não ter fim
A gente rema, rema e rema
De repente percebe que saiu do cais
E quando se observa
A vista lá do horizonte
E voltar já não consegue mais
Quer sempre avançar
E novas águas navegar
Seguir com a força descoberta
E pra frente sempre remar
Num instalo vem novamente
O emaranhado de águas violentas
Nosso barco se torna frágil
E a fragilidade nos arrebenta
Mais uma vez nos dispomos
O trabalho recomeçar
Voltamos então ao antigo cais
Que tudo pode nos ensinar
Meio sem jeito vamos trilhando
E quando pra trás ousamos olhar
Vemos mais uma vez o pequeno cais
E muita coisa pra conquistar
O melhor é saber
Que o barco não está mais lá
Segue e arrisca a tempestade
E quando precisa, sabe voltar
Tem a certeza que no outro dia
Poderá sempre recomeçar
André Santos Silva
Comentários do autor
A vida caminha em função dos nossos sonhos. E muitas vezes eles emperram e parecem ficar estagnados. Nesse momento, devemos voltar ao cais, analisar as ideias e perceber algumas mudanças essenciais para a continuidade da nossa luta.
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