quinta-feira, 29 de maio de 2014

Poema: Mais Marias



Ah, se em toda família 
Tivesse uma Maria
Que cantasse a Deus 
Um canto de alegria
E com a alma serena
Mostrasse ao mundo
Sua beleza terna e plena.

Que nas famílias 

Haja muito mais Marias
Que saibam dizer sim
Com o coração cheio de alegria 
E que tenham certeza por meio da fé
Que sendo fiéis a todo tempo
Serão de Deus aqui na terra exemplos.

Ah, se em cada esquina 
Tivesse uma Maria
Esse mundo imundo brilharia
E na beleza que emana 
Da forte luz do dia
Surgiria a certeza 
Que a vida que se almeja renasceria.

Enquanto em cada família
E nas esquinas 
Não surgem novas Marias
Seguimos o exemplo 
Daquela que um dia
Rasgou o seu peito com alegria
E por meio de Cristo se fez serva
Obedecendo a Boa Nova que viria.
                               André Santos Silva



Comentários do autor



   Nesse mês de maio dedicado à Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, da Igreja e Serva Fiel de Deus, quero expressar por meio dessa literatura o grande amor que sinto por Nossa Senhora. Para mim, além de minha Mãezinha do Céu, é um grande exemplo do Projeto de Deus aqui na terra.




segunda-feira, 26 de maio de 2014

Poema: Irmã Dulce (homenagem aos seus 100 anos)



Com seu grande coração
Firmou com Deus parceria
Mesmo sendo pequena e frágil 
Mas com tamanha sabedoria
Serviu ao outro pelo Dom Divino
E nunca perdeu sua alegria.

Sua fé tamanha nos deu certeza
De que o céu aqui se faz presente
E ao estender a mão nos ensinou
A cuidar da alma que não se sente gente.

Tinha mesmo predileção 
Por quem necessitasse de carinho
Qualquer um que fosse sofrido
Repousava em seus braços como um passarinho.

Sua vida aqui na terra brilhou
E foi simplesmente doação
Viveu, cresceu e se fortificou na fé
E deu ao mundo o seu coração.

Quis tornar a vida dos outros feliz
Plantou, cultivou e a paz colheu
Em cada gesto de amor, sofrendo sorriu
E a exemplo de Jesus amou os seus.
                                   André Santos Silva

Comentários do autor

   Louvo a Deus pela vida da Irmã Dulce e me ponho a pensar: "Como seria bom se em cada canto da vida adotássemos em nosso coração os bons costumes, o cuidado para com o outro, a verdadeira comunhão, os bons relacionamentos. Tudo isso sem receber nada em troca, apenas o amor".


A Vida de Irmã Dulce
 

   Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente - tinha 70% da capacidade respiratória comprometida - não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários, presidentes da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo da fé.
   Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes, professor da Faculdade de Odontologia, e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, ao nascer em 26 de maio de 1914 em Salvador, Irmã Dulce recebeu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos, ela já havia transformado a casa da família, na Rua da Independência, 61, num centro de atendimento a pessoas carentes. É nessa época que ela manifesta pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres.
   A sua vocação para trabalhar em benefício da população carente teve a influência direta da família, uma herança do pai que ela levou adiante, com o apoio decisivo da irmã, Dulcinha.
   Em 8 de fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entrava para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, em 15 de agosto de 1934, era ordenada freira, aos 20 anos de idade, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
   A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres. Já em 1935, dava assistência à comunidade pobre de Alagados e de Itapagipe, também na Cidade Baixa, área onde viriam a se concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.
   Os primeiros anos do trabalho da jovem missionária foram intensos. Em 1936, ela fundava a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia. Em 1937, funda, juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup, o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações - o Cine Roma, o Cine Plataforma e o Cine São Caetano. Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurava o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para operários e filhos de operários, no bairro da Massaranduba.
   Nesse mesmo ano, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares, até, por fim, instalá-los no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue e que deu origem ao Hospital Santo Antonio, o centro de um complexo médico, social e educacional que continua com as portas abertas para os pobres da Bahia e de todo o Brasil.
   O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.
   Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil. João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a morte do Anjo Bom. No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, políticos, empresários, artistas, se misturavam a dor das milhares de pessoas simples, anônimas. Muitas delas, identificadas com o que poderíamos chamar do último nível da escala social, justamente para quem Irmã Dulce dedicou a sua obra.

             Fonte: http://www.irmadulce.org.br/anjobom/vida.php


   

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Poema: Lei



Cara, o que vemos é de se indignar
O cidadão de bem fica preso em casa
E os alaridos a passear
Isso quando não somos surpreendidos
Dentro do nosso próprio lar.

A sociedade está cansada
De ver tanta desordem e baixaria
E ao sair de casa começa a pensar
Se estará viva no outro dia.

Enquanto o cidadão de bem nesse país
Peleja para pagar suas contas
Os desordeiros gozam de liberdade
E causam inveja com a vida na sombra.

Precisamos de um super herói
Que consiga essa situação resolver
Então veremos na face um sorriso
De um povo que sofre sem merecer
E que traz na pele a marca de um tempo
Que era feliz sem ao menos saber,
Pois não tinha tanta violência
E da miséria não vivia a mercê.
                         André Santos Silva



Comentários do autor


   Atualmente, percebemos que o nosso povo é marcado por ações intensas e intolerantes. E isso nos leva a transformar o nosso dia a dia em fardos pesados, sofridos, ansiosos, intensos e inseguros. Tudo isso por conta da lei defasada que rege o nosso país, ou talvez por falta de uma lei eficiente que não dê tanta brecha para o crescimento da criminalidade e da indecência.
   Que cada ser humano se sensibilize que a sociedade é um espaço de todos. Por meio dele nos desenvolvemos, enquanto pessoas, e nos tornamos adultos conscientes.




terça-feira, 20 de maio de 2014

Poema: Banana pra macaco



Nessa onde de dar banana
Em plenos jogos nos estádios
Cresce no Brasil o racismo
E nasce a figura de um macaco.

Não devemos concordar 
Com essa ação racista babaca
Afinal, macaco nunca foi sinônimo
De branco, negro, roxo ou de raça
E banana vira moda 
"D'uma" socialite - gente - sem graça.

Se homem fosse macaco
E macaco se transformasse em gente
Veríamos uma população nova
E muitos babacas contentes
Se eles distribuem bananas
É porque também as comem
E na pele de macacos se sentem.

O bicho é inteligente
E nunca o vimos nos estádios
O fato é que tem falsos bananeiros
Tirando onda de otário
Não discutem uma boa ideia
Mas põem bananas embaixo do braço
Ao chegarem nos estádios
Mostram que necessitam ser engaiolados
Talvez com uma companhia decente
Como a do bicho macaco.
                              André Santos Silva


Comentários do autor


   O poema "Banana pra macaco" foi escrito com o objetivo de renegar qualquer tipo de ação que cause desrespeito para com o ser humano. Vemos em nosso cotidiano fatos oriundos de um comportamento que não é condizente com a realidade de uma sociedade esclarecida e informada, senão, tem bem mais esclarecimento do que no tempo de outrora. O fato é que, com tanta evolução nesse mundo, ao invés de nos preocuparmos com a vida, ainda nos preocupamos com a cor da pele.




domingo, 18 de maio de 2014

Poema: Dias difíceis


Vivemos dias difíceis
Em que acontecem coisas absurdas
A gente se esquece que a vida é curta
E vive uma eterna amargura.

É tanta bizarrice que vemos
Difícil mesmo é acreditar
Que o homem, um ser pensante,
Ainda não se encontrou em seu lugar.

A vida frágil, então, segue
Tropeça aqui, cai acolá
Enquanto isso vemos em série
Atrocidades em todo lugar.

Precisamos de um freio
Que possa isso tudo parar
E veremos a grande transformação,
No homem, um novo coração
E uma mudança singular.
                    André Santos Silva


Comentários do autor

   Diariamente somos surpreendidos por fatos que nos trazem uma grande reflexão sobre a ação do homem. É pai matando filho, filho exterminando pai, mãe abortando, pai estuprando, cidadãos saqueando lojas, outros lutando por seus direitos e causando revoluções que não condizem com a realidade: depredam ônibus,  põem  fogo  em pessoas,   arrombam   banco, ... e  assim  vai. Vemos que a nossa humanidade toma caminhos tortuosos, sem levar em consideração os direitos humanos que nos garantem a dignidade da vida.
   Então, o que fazer? Creio que a solução esteja na reestruturação da família, numa educação que priorize o atendimento às necessidades básicas do cidadão, na formação de profissionais qualificados para exercerem uma profissão e na abertura de novos postos de trabalhos, entre tantos outras, para que o ser humano tome conhecimento, de fato, da sua verdadeira função enquanto pessoa de bem, que pensa e que seja capaz de transformar o meio em que vive.






quinta-feira, 15 de maio de 2014

Poema: Absurdo Sexual



Como pode ser
Algo que é tão bonito
Tornar-se asqueroso
E muito esquisito?
O ser humano nasceu 
Pra ser gente
Viver e se alegrar
E caminhar dignamente.

Ele, o rosto torce e retorce
Vê o outro ou a outra e deseja
Como se fosse um  pedaço de carne
Que se serve numa bandeja
Não leva em conta se a alma sangra
E se causa tormento e muita tristeza.

Que desejo é esse
Que vai além do natural?
É doença, é loucura?
Sei que não é normal
Crianças, jovens e adultos
Serem vítimas de crime sexual.

Isso é um abuso
Um absurdo sexual
Gente escravizando o outro
Por um trocado banal
E não faz distinção de idade
Mesmo que seja ilegal.

O corpo precisa de respeito
A vontade do outro também
Não somos objetos de uso
E nem fomos criados pelo além
O corpo que a mim pertence
Não pertence a mais ninguém
Ele não deve ser um objeto
Para satisfazer a alguém.
                     André Santos Silva


Comentários do autor

   O ser humano é livre. No entanto, a consciência é o elemento que o acompanhará e garantirá a sua liberdade por toda a sua vida.
   Nos últimos anos, temos notado um crescimento assustador no que diz respeito à violência e o abuso sexual: duas práticas realizadas constantemente em nossa sociedade. Essas práticas, provam que cada vez mais o ser humano se distancia da razão e perde a noção de uma consciência pura e verdadeira. Muitas vezes conhece até os riscos que podem correr e as consequências que poderão assumir. Mesmo assim, ele vai lá e faz. Estupra, abusa, explora o outro sem se preocupar com esse momento íntimo e tão singular, que pode marcar a vida da pessoa para sempre. 
   


terça-feira, 13 de maio de 2014

Poema: 13 de maio



Pela liberdade que hoje se tem
Muitas lutas aconteceram
Guerreiros de cor negra
Viveram em sofridos cativeiros
E esconderam a alegria na alma
Que contagiou um povo inteiro.

A melodia do chicote 
Os escravizados sabiam de cor
O pelourinho servia como sustento
Sem piedade e nem dó
Ali faziam da fraqueza força
Com esperança de viverem um dia melhor.

Filhos, esposa e marido
Eram vistos como bichos
Gente de valor pequeno
E de sonhos escondidos
Mas na alma traziam a certeza
De um dia serem livres.

Viviam amontoados
Não tinham direitos humanos
Era gente só na essência
E destratados por levianos.

Em suas veias corria o sangue forte
De gente vívida e com sede de luta
Que sofreu por ter a pele negra
Mas não correu de sua labuta
Até que um dia pôde ser livre
Por uma simples assinatura.
                        André Santos Silva




Comentários do autor

   Nesse dia que se comemora a Abolição da Escravatura, quero parabenizar a todos as pessoas que foram escravizadas e que são descendentes de pessoas também escravizadas, pela luta e dedicação em prol de uma vida melhor. Pessoas que perderam a vida, simplesmente por acreditarem que os direitos humanos devem ser empregados na vida de qualquer cidadão.

   Confira o texto a seguir: 


Contexto Histórico da Abolição da Escravatura



   No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os colonizadores buscaram uma outra alternativa. Eles buscaram negros na África para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.

Como era a escravidão no Brasil
 


   Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes, violenta. 


   Embora muitos considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas lentamente.
   O início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão 
   Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período.
   A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870.  Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro, pressionado pelo Reino Unido,  foi alcançando seus objetivos lentamente. 
   A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.
   No ano de 1885, foi  promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.
   Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país. 

     Fonte: http://www.historiadobrasil.net/abolicaodaescravatura/



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Poema: De que substância é a mãe?



Sabe o que vou dizer
Quem tem família 
Quero que o vento leve
E que o boato comece a correr
Tomara mesmo que se espalhe
E que muitos ouçam para crer.

Veja bem que guerreira temos
Dentro de casa, nosso lar
Uma figura feminina
Que a força não se pode explicar
Parece que é "imorrível"
Na arte de se doar
De onde vem essa gana?
Sei lá!
Seu corpo é de aço?
Não sei explicar!

Mal amanhece o dia
E ela em seu labutar
Prepara a mesa, deixa tudo proto
Com o seu amor a cuidar
É mesmo uma guerreira
Dessas que... palavras não há.

É impressionante sua luta!
Seus gestos nobres e bonitos
Se o filho é pequeno
Seu amor é infinito
Mas quando o moleque cresce
O sentimento no peito vira grito
E se pudesse, cuidava dele
Muito além do que é previsto.

Ela deveria ser eterna
E penso que aguentaria
Pois é mulher que não para
Nenhum segundo por dia
E se pudesse viveria de novo
Toda a dor e nostalgia
Só pra ver brotar do rosto
Um sorriso de sua cria.
                 André Santos Silva


Comentários do autor

   Parabenizo as mães, em especial, a minha que no despertar da aurora, enche o peito de força e se joga de cabeça erguida à vida, simplesmente por amor.
   Esse poema tem como foco mostrar em sua essência a força da figura feminina que quando toma em suas mãos a decisão de ser mãe, assume um compromisso eterno. Escolha infinita, firmada por um universo de renúncias e de constante zelo.
   Vejo através da minha mãe a imagem impressionante da vocação e da doação, momento em que rasga a vida própria e gera uma outra vida, que também se torna a própria vida, afinal, mãe e filhos são eternos.



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Poema: Andréia



Essa é minha irmã Andréia
É inteligente demais
Tem alma de gente grande
E tudo que organiza faz.

Faz bem feito
No peito tem muita dedicação
É criativa, organizada
E dar show em sua profissão.

Tem alma nobre
E no peito um bom coração
Quando põe um ideia na cabeça
De lá não sai mais não
Ela escarafuncha o baú
E daí tira uma solução.

Hoje é seu aniversário
E a Deus só tenho que agradecer
Em ter me dado essa figura
Que alegra sempre o meu viver.
                           André Santos Silva


Comentários do autor

   Parabéns, minha irmã Andréia. Que o nosso Grandioso Deus a fortaleça sempre e que o seu brilho de pessoa e ser humano se intensifique cada vez mais. 
     Feliz aniversário!


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Poema: Humanidade



Nos últimos dias olhando os fatos
Temo o futuro da humanidade
Vejo verdades que viram mentiras
E mentiras se transformam em verdades.
Então, o que pesar da vida
E dessa busca pela vaidade?

Nossa geração há muito
Deixou de pensar coletivo,
Cria suas próprias leis 
E não enxerga além do umbigo,
Caso alguém pense diferente
Leva porrada ou castigo.

Muitos ainda não compreendem
Que tais atos são anormais,
Botam "lenha na fogueira"
E libertam das jaulas os chacais
Que consomem a humanidade
Por um desejo tão fugaz.

Então, volto a pensar:
Onde está o futuro dessa vida?
Nas lágrimas justas derramadas
Ou nas fraquezas perversas vividas?
Talvez amanhã o sol nasça
E nos traga uma nova brisa
Que aclame o coração do homem
E crie um novo estilo de vida.
                          André Santos Silva


Comentários do autor

   A humanidade vive dias difíceis e involuntariamente somos tragados por fatos que nos entristecem e nos levam a uma grande reflexão a respeito da importância da vida.
   O que se percebe é que a humanidade caminha sem levar em consideração os princípios necessários à condução da vida humana. E isso é o que mais nos assusta. A vida perde o valor e o homem aos poucos vai traçando um novo caminhar, solidificando em seu universo a característica de um ser egoísta e sem necessidade da pessoa do outro.


sábado, 3 de maio de 2014

Poema: Zoando com o pai de Júlia



Hoje o meu peito bateu forte
Ao vê-la sorrir, mudei o meu mundo,
Busquei outro norte,
Repensei o meu conceito de vida
E percebi o quanto é bela e singela
Essa alegria merecida.

Vi quão grande é um sorriso
E em sua pequenez, o tamanho valor
Em seus olhos o brilho ainda frágil 
Mas com símbolo de grande amor.

Nela, agora deposito o desejo
De um mundo cada vez melhor
Onde a vida vença as batalhas 
Na plena realidade do amor.

Continuação do poema - zoando o pai de Júlia



Hoje o meu amigo Rafael
Está com o coração cheio de alegria
Dando nó em pingo d'água
Com o nascimento de sua filha

Disse que já tem uma espingarda
Pra malandro de plantão
Vai dar tiro pra todo lado
E fazer cabra correr do seu portão.

Ainda falou em bom tom
Que vai ser uma pai valente
Desses que se o murro não resolver
Resolve na foice ou com os dentes.

É isso aí Rafael
A alegria está apenas começando
Enquanto essa menina cresce sadia
Deus, sua casa, vai abençoando
E os amigos aqui na torcida
Onda de sua cara vão tirando.
                         André Santos Silva



Comentários do autor


   Esse texto foi composto, apenas ara tirar sarro da cara do meu amigo Rafael, um camarada que tenho uma grande estima. Parabéns pelo nascimento de Júlia, Rafael e Sirleni!


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Poema: Trabalhador



Na labuta árdua do dia a dia
Sei que o meu país se constrói
E talvez quem sabe um dia
Vire um país de heróis.

Nas ações belas das mãos
Que geram a cidadania
Talvez o meu país se transforme
Num cenário de alegria.

Na árdua batalha
Do trabalhador que sofre,
Que luta, tem esperança, vence
E mantém a alma nobre
Vejo a construção dum país
Que um dia não nos esnobe.

Na ação do homem que se esforça
Para manter a cultura da construção
Vejo a esperança que se renova
Pelo trabalho de suas mãos.

Vejo em cada trabalhador
A decência de quem planta
Uma semente chamada amor
Com o fruto que nos encanta.
                               André Santos Silva


Comentários do autor

   Nesse dia dedicado ao trabalhador, quero usar esse espaço para homenagear todo o cidadão que se dedica na realização de ações que constroem a nossa nação. Ressaltar que é por meio do trabalho digno que as modificações acontecem e que a vida se transforma. Talvez, se em nossa nação, tivéssemos trabalho digno para todos, a nossa realidade seria outra.
   Parabéns a todos os trabalhadores!