segunda-feira, 9 de junho de 2014

Poema: O popular casamento



Dizem que o casamento
É um doce feito compota
De cima para baixo são dois dedos de mel
E o resto da vasilha é pura...

Quando o sujeito pensa que se arranjou
Ele se afunda na compota de mel
Descobre que o casamento é muito doido
E amargo feito fel.

Ele experimenta o doce
E com uma colher vai cavando
De repente descobre o amargo
E nele vai se afundando.

Falam também por aí
Que o casamento é uma prisão
Quem está fora quer entrar
E quem tá dentro num permanece não.

Outros afirmam que o tal sujeito
É um traste duro feito osso
É como se alguém estivesse condenado
Com uma corda grossa no pescoço.

Logo vem no casamento 
As despesas do dia a dia
O marido só lamenta
E a mulher vive a sangria
Caso falte gás ou mantimento
Logo começa a euforia.

Ele olha atravessado
Ela o come com a testa
E o casamento vai afundando
E vira um fardo que não presta.

Mas quem tá fora insiste
E quer muito experimentar
Mesmo que o doce fique esquecido
E comece a amargar.
                           André Santos Silva



Comentários do autor
   
   O poema aqui mencionado foi construído a partir de alguns comentários corriqueiros a respeito do casamento. 
   Enquanto um mero escritor, tenho o dever de reproduzir por meio da escrita alguns fatos engraçados do cotidiano, dando um toque de humor até mesmo nos assuntos considerados sérios.  
   Por outro lado, penso mesmo, que o casamento é algo sagrado, instituído por Deus. E que se as pessoas se amam, devem de fato realizá-lo.



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