quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Poema: Falta d'água



Nada é como antes
E antes que eu diga
Como tudo era
É bom eu pensar, em silêncio
Como eu quero que tudo seja.

Nada é como antes
E antes que eu diga 
Como tudo era
É bom eu me lembrar, em silêncio
Que estamos em uma nova era
E que mudanças surgem, em instantes,
E o futuro nos espera.

Mas é bom que eu me lembre
Que a água se acaba,
O vento vem quente e tarda...

É bom também eu ter noção
Que o fim se aproxima
E que não se pode beber
A água dos olhos da bela menina,
Da cacimba...

Nada é como antes
E antes que eu diga
Como tudo era
Quero saber como será
O presente que nos espera.

Começa a faltar água
E essa ausência, 
Que maltrata
Ninguém tolera.

Então é melhor
Que eu não diga
Como tudo era.
         André Santos Silva



Comentários do autor

   É muito preocupante a situação em que o mundo se direciona. Hoje, diversos meios de comunicação divulgaram, por meio de notas, a crise por conta d'água. Algumas cidades do Brasil, em especial, têm previsão de ter água somente até o mês de novembro. 
   "E agora, José?" A água acabou e o povo passa sede. "E agora, José?" O que vamos fazer? Eis o "X" da questão. Temos que usar os nossos recursos, tendo a consciência que tudo isso é finito e se não soubermos usá-los, amanhã, a necessidade será certa.



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