terça-feira, 21 de outubro de 2014

Poema: A seca



Tenho notado que de uns dias pra cá
Muita coisa nesse mundo vem mudando
Onde tinha vida, animais e mato verde
A paisagem seca e sofrida vai tomando
E esse clima nos apavora, tira a alegria 
Do homem que chora e Deus vai abençoando.

Onde tinha água em quantidade ou com fartura
Hoje se tem bem menos e pra pouco usar
O homem, cabisbaixo, segue desatento
Não faz jus ao momento, mas os hábitos não quer mudar
Enquanto isso, caminhamos pedindo chuva forte
E Deus, de repente, muda o norte e segue de novo a nos abençoar.

Melhora um pouco e tem-se água
Mas não é como se tinha nas represas de lá
E o homem, sem consciência, embora satisfeito
Age e começa de novo a esbanjar
Não demora pra ver o mesmo resultado
E logo, pede pra Deus abençoar.

Deus em sua infinita teimosia
De nunca desistir do homem e sempre amar
Manda chuva intensa e em abundância
E novamente tudo começa a mudar
Mas o homem por sua terrível eloquência
Se esquece de Deus, sua essência e, vive por aí a se esquivar.
                                   André Santos Silva


Comentários do autor

   Temos vivido dias angustiantes. A falta d'água agora é uma realidade presente e mais uma vez somos tragados por um momento causado pelas nossas próprias ações humanas.
   Então o que fazer se, de repente, nos faltar esse recurso natural? Bem! A resposta é simples: não há o que fazer! É sofrer as consequências dessa ausência.
   O interessante é que quando a necessidade bate a porta, o homem começa a tomar medidas eficazes para obtenção de resultados. Quando o problema  é sanado, tudo volta a ser como era antes e impera mais uma vez a falta de consciência quanto ao uso de todos os elementos essenciais à vida.
   É hora de parar, pensar e levar mais a sério a vida. É hora de nos tornamos pessoas melhores para o mundo que queremos deixar para os nossos sucessores.



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