Nesse lance de se fazer festa
Pode se arrumar muita confusão
E quando o caso é mesmo sério
Haja raça, força e coração
E se o sujeito despontado e valente for
Pode sofrer e sentir a dor da terrível decepção.
Numa festa realizada no céu
Não me refiro ao lugar divino e sagrado
Pois quero mudar o rumo dessa história
Para não cair sobre mim grande pecado.
Dizem que teve no recinto muita correria
E todos viveram a euforia, ao correrem pra todo lado.
Os convidados ao chegarem no céu
Tinham que, na porta, algo deixar
Isso fazia parte da ordem e etiqueta
Exigida por quem a festa, se pôs a organizar
E os bichos entravam desconfiados
Na portaria recebiam o tal recado e deixavam algo por lá.
As galinhas deixaram os ovos
As cobras um pouco de veneno
O gambá, mesmo banhado e com perfume
Deixou um mal cheiro e um esquisito vundume.
Já os coelhos e os pombos com sua exuberância
Deixaram conselhos de paz, hamonia e esperança.
A bicharada entrava animada
E na recepção algo sempre deixava
Cada animal com seu traje de festa
E o brilho de todos se despontava.
Até que apareceram dois acomodados
Um era meio despachado e o outro não ligava com nada.
O cachorro chegou causando com seu traje
Sorriu, cumprimentou a todos e quis logo entrar
Por ser um bicho vira-lata e à festa não levando nada
Não se ateve às exigências do lugar.
Por isso, teve que deixar na portaria o rabo
Caso não quisesse ser barrado e na festa pudesse entrar.
O outro bicho que era o sapo, não foi convidado
Mas não quis saber de ir embora
Logo arrumou um jeito de penetrar o recinto
E ao ver o urubu, se escondeu, no buraco da viola.
Curtiu a festa a noite toda escondido
No céu não era querido e quase morre ao ser enxotado pra fora.
O sapo que estava dentro da viola
Ao ser descoberto pelo urubu
Foi arremessado pra fora a duros golpes
E desceu do céu quase nu.
Ele se esparrachou no chão, não teve a ajuda de ninguém
O sapo fez birra também e começou um calundu.
Diante desse fato triste que no céu aconteceu
Começou por meio do urubu, uma terrível confusão
Os bichos, ali presentes, logo se estressaram,
Agrediam uns aos outros e soltavam palavrão
Até os cachorros que não foram convidados
Levavam socos por todos os lados e recebiam safanão.
Em meio a confusão que se prolongou
Os animais passavam pela portaria atarentados
Pegavam tudo, ligeiramente e bem depressa,
Pois algo na entrada tinham deixado
E para completar o azar dos cachorros penetras
Que não deviam ter ido à festa, na saída ainda pegaram o rabo trocado.
É por isso que vemos aqui na terra todo dia
Essa baixaria causada pelos cachorros.
E se um passa e é visto mesmo de longe
Uma multidão sai correndo para um cheirar o rabo do outro
Eles querem apenas desfazer a terrível confusão
Acontecida na saída do céu quando meteram a mão e por engano trocaram os rabos em meio aos esporros.
André Santos Silva
Por que os cachorros cheiram o rabo
uns dos outros?
Não é novidade para ninguém que os cães têm o habito de cheirar o "rabo" uns dos outros. Mas você saberia explicar por que eles fazem isso?
Os cachorros costuma cheirar o rabo um dos outros para obter informações, como se fosse uma espécie de carteira de identidade animal.
Naquela região se encontram as glândulas anais, que produzem um líquido de cor castanha de cheiro forte. O odor fornece a outros cachorros informações preciosas, como a raça, se é macho ou fêmea e, especialmente, o estado de espírito do animal. Praticamente tudo o que um cão precisa saber de outro está no ânus.
Cachorros muito submissos tapam completamente suas glândulas anais, para evitar que os outros sintam seu cheiro. Ou seja, saem por aí literalmente com o rabo entre as pernas. E o contrário também é verdadeiro: quando um cão deseja demonstrar autoridade, levanta o rabo para exalar mais cheiro.
Nos grupos, a identificação do líder é feita justamente por esse processo. O animal abana o rabo para mostrar que é o dono do pedaço.
Fontes:http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/noticias/0,,OI3247298-EI8399,00-Por+que+caes+cheiram+o+rabo+uns+dos+outros.html
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